Foto: Redes Sociais

Douglas Alves da Silva, de 26 anos, suspeito de ter arrastado a ex-companheira Tainara Souza Santos, de 30, em um carro na Marginal Tietê, zona norte de São Paulo, foi preso na noite deste domingo (30/11) em um hotel na Vila Prudente, zona leste da capital. O caso, investigado como tentativa de feminicídio, ocorreu na manhã de sábado (29) na região da Vila Maria.

A prisão foi possível com o auxílio do Sistema Muralha Paulista do Governo de São Paulo. A partir da informação inicial de que o crime envolvia um Volkswagen Golf preto, investigadores utilizaram o modo analítico do sistema, que permite a filtragem de veículos por características visuais e leitura de placas.

O rastreamento tecnológico foi fundamental para identificar e localizar o suspeito, que estava foragido. O Muralha Paulista permitiu delimitar a área de interesse e identificar uma placa compatível no horário exato do crime. As equipes conseguiram reconstruir todo o trajeto do veículo, cruzando as imagens do sistema com câmeras externas instaladas ao longo do percurso e vídeos de um bar onde o atropelamento teve início. O cruzamento dessas informações confirmou a identificação do automóvel, possibilitando que equipes da 4ª CERCO e do 90º DP localizassem e prendessem o suspeito no hotel.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), Douglas Alves resistiu à abordagem policial. Ele foi contido, recebeu atendimento médico e permanece à disposição da Justiça. A delegacia confirmou a prisão, que foi também confirmada por um dos advogados da vítima.

A SSP aponta que a investigação considera a intenção do suspeito de "atropelar e matar a vítima", classificando o caso como tentativa de feminicídio. Tainara Souza Santos foi socorrida após ser arrastada. A vítima perdeu as duas pernas em decorrência dos ferimentos. Ela segue internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde passou por cirurgia de amputação.

Segundo uma amiga da vítima, Tainara será transferida para outro hospital para realizar um enxerto de pele nas áreas afetadas pelo arrastamento. Apesar da gravidade, os advogados da família afirmam que Tainara não corre risco de morte. Familiares e amigos de Tainara, mãe de dois filhos, pedem justiça e acompanham o caso junto à defesa.

Texto e Publicação Danilo Telles/Jornalista | Grupo Metropolitana