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O Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo (TJ-SP) enfrenta uma paralisação geral por tempo
indeterminado. Servidores de todo o estado cruzaram os braços a partir da
última quarta-feira (14), após uma assembleia virtual unânime na noite anterior
(13) aprovar a greve. A categoria reivindica, principalmente, a reposição das
perdas salariais inflacionárias acumuladas entre abril de 2002 e março de 2025,
calculadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Além da questão salarial, os
servidores demandam novas contratações para suprir o quadro defasado e melhores
condições de trabalho. A paralisação, que já impacta o funcionamento de
unidades judiciais em diversas cidades, incluindo Piracicaba, pode causar
atrasos e interrupções nos serviços prestados à população.
A Associação dos Oficiais de
Justiça do Estado de São Paulo (AOJESP) informou que, apesar da greve, a
categoria conquistou a instauração de uma mesa de negociação com o TJ-SP, com a
primeira reunião agendada para o dia 28 de maio. Os servidores esperam que o
diálogo leve ao atendimento de suas reivindicações e ao fim da paralisação.
Em nota oficial, o Tribunal de
Justiça de São Paulo declarou ser "prematura a constatação dos impactos
acarretados pela eventual paralisação de servidores".
As demandas da categoria vão
além da reposição salarial, abrangendo o aumento dos auxílios saúde,
alimentação, transporte e creche, a criação da exigência de nível superior para
o cargo de escrevente e a realização de novos concursos públicos para preencher
as numerosas vagas existentes. Outros pontos importantes incluem a
regulamentação do teletrabalho, a retomada das comissões paritárias de trabalho
e do sistema processual eletrônico (Eproc), o pagamento de gratificações
pendentes para assistentes sociais, psicólogos e agentes de segurança, e a
ampliação do adicional de qualificação.
A adesão à greve é forte em
diversas regiões do estado, e os servidores de Piracicaba também aderiram ao
movimento, reforçando a pressão sobre a administração do TJ-SP para que as
demandas sejam atendidas. O futuro dos serviços judiciais em São Paulo permanece
incerto, dependendo do resultado das negociações que se iniciam no final deste
mês.
Publicado por Danilo Telles / TV Metropolitana