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Apesar das derrotas no
Tribunal de Justiça e da rejeição dos embargos apresentados, o processo de
reintegração de posse da Comunidade Renascer encontra-se paralisado por decisão
da juíza de primeira instância. A magistrada determinou que o caso só terá prosseguimento
após o julgamento final de todos os recursos interpostos no Superior Tribunal
de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão da juíza de primeira
instância surpreende, uma vez que legalmente ela teria a prerrogativa de
autorizar o despejo da comunidade mesmo antes do trânsito em julgado do
processo. Diante desse cenário, o movimento social que acompanha a situação da
Comunidade Renascer interpreta a decisão judicial como uma influência direta da
pressão política exercida durante o ato realizado em 14 de abril. Na ocasião,
centenas de pessoas ocuparam o centro de Piracicaba em manifestação pela
garantia de moradia digna.
Para o movimento, a suspensão
do processo de reintegração representa uma vitória tática da organização
popular. Em nota, representantes da comunidade afirmam que "os fatos
mostram que quando o povo se levanta, os poderes de cima são obrigados a escutar".
A decisão judicial concede à Comunidade Renascer tempo e fôlego, além de reforçar a motivação para continuar a luta por uma solução justa que contemple todas as comunidades que se encontram sob ameaça de despejo. A expectativa é que, durante a tramitação dos recursos nas instâncias superiores, novas negociações e alternativas possam ser apresentadas para evitar a remoção das famílias.
Publicado por Danilo Telles / TV Metropolitana