Na tarde desta quarta-feira (8), a Prefeitura de Piracicaba informou que as piscinas do Complexo Aquático Dr. Samuel de Castro Neves serão fechadas para o público novamente a partir desta quinta (9).
De acordo com a Secretaria Municipal de Obras, a estrutura do local apresenta problemas graves como ruptura nas bordas das piscinas, afundamento do piso e desprendimento do revestimento, além de vazamento e oferece riscos à segurança dos frequentadores.

Na segunda (7), a Prefeitura notificou e multou a empresa que realizou a reforma, que teve custo de R$ 1,73 milhão ao município. Agora, a empresa deverá fazer a recuperação da estrutura do complexo. O gasto mensal com a conta de água do espaço tem sido em média de R$ 100 mil, apontou a prefeitura.

“Não gostaríamos de interditar esse espaço, que é tão importante para os munícipes, tanto para a saúde quanto para o lazer. Mas foi necessário para garantir a segurança, o que vem em primeiro lugar”, lamentou o secretário de Esportes, Lazer e Atividades Motoras, Roger Carneiro.
O secretário de Obras, Infraestrutura e Serviços Públicos, Luciano Celêncio, informou que cobrará a empresa para que o Complexo seja recuperado o mais rápido possível. “Entendemos a importância desse espaço e por isso vamos pedir que as obras comecem o quanto antes. Essa cobrança também mostra que estamos preocupados com o respeito e bom uso dos recursos públicos, traduzidos em obras de qualidade”, ressaltou.
O complexo aquático de Piracicaba foi inaugurado em 1976 e oferece aulas de natação, hidroginástica e outras práticas aquáticas.
Em 2018, o espaço já tinha sido fechado em decorrência de vazamento na principal e maior piscina. A reforma durou mais de quatro anos e custou cerca de R$ 1,7 milhões.
- Em maio de 2018, um vazamento causou a interdição da maior piscina pública do complexo.
- Desde então, o local ficou fechado e as aulas foram transferidas, mas muitos alunos reclamaram que não conseguiam fazer as atividades.
- Em 2019, a piscina principal completou um ano e meio interditada. Na época, a prefeitura afirmou que a obra para resolver o problema era cara e que não havia previsão para reabertura. Vestiário e banheiros também apresentavam problemas estruturais.
- Em janeiro de 2020, com a piscina parada, o então prefeito Barjas Negri (PSDB) autorizou licitação para reformar o complexo. A obra estava avaliada em R$ 1,7 milhão e previa a construção de uma piscina semiolímpica também, além da reforma da outra.
- Em junho de 2020, após dois anos da interdição parcial, a prefeitura assinou o contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal para reconstrução do complexo e iniciou as obras. A previsão de entrega era para o primeiro semestre de 2021.
- Em agosto de 2021, o poder público recusou a entrega das obras de reforma do complexo ao apontar problemas estruturais e a necessidade de ajustes nas piscinas.
- Em novembro de 2021, a prefeitura apontou mais problemas na reforma e notificou a empresa responsável pela obra pela terceira vez.
- A inauguração do complexo aquático estava prevista para janeiro de 2022. Mas foi adiada para março do mesmo ano em decorrência da continuidade de problemas estruturais.
- Quatro anos após fechamento, o complexo foi inaugurado para o público no segundo semestre de 2022.
Texto: Da redação | Adaptado g1 | Prefeitura