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Abordagem policial sem chance de defesa é execução sumária

Publicada em: 14/11/2022 10:40 - Artigo

Foto: Arquivo pessoal

Mais um rapaz negro, pobre e periférico (mais um rapaz comum) para os números estatísticos, indiferente para o sistema. Quem irá contestar?! Até por que "uma mentira de farda vale tipo dez verdades"... E mais uma vez ficamos a mercê do ,"não deu em nada".

Até quando chegarão em nossos bairros, atirando para depois averiguar a ocorrência e saber o proceder, e no final de tudo se sustentarem com o Art. 23 do Código Penal inciso III, onde alegam que foi apenas "em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito"?

 É revoltante, a displicência desse sistema manipulador, opressor e exterminador que segrega as favelas e periferias da vida digna.

Até quando famílias derramarão lágrimas em asfaltos por assassinos que usam-se das fardas para dispôr do ódio, da discriminação e do preconceito?

Pedimos respeito às famílias e a apuração na investigação ao caso do Adriano, que sem apresentar ameaça ou defesa, foi  covardemente EXECUTADO pela polícia Militar na noite do dia 12/11/2022

Nós, que estamos do lado invisível desta sociedade de Piracicaba, moradores do Jardim Gilda, Bosques do Lenheiro, Comunidade Frederico, entre outras comunidades e periferias, não nos CALAREMOS, com tamanha atrocidade e barbárie desse sistema policial que mata um sonho por dia.

Mais respeito com o nosso povo por favor, pois somos guerreiros, trabalhadores e antes de mais nada, assim como qualquer outro, também somos cidadãos configurados como sujeitos de direitos e deveres constitucionais.

Artigo assinado por: Edmeia Santos - Professora, ativista e militante no enfrentamento ao racismo e violência racial e social.

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