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OPERAÇÃO ALQUIMIA FISCALIZA USO DE METANOL EM BEBIDAS; LIMEIRA ESTÁ ENTRE OS ALVOS

Publicada em: 16/10/2025 18:40 -

Foto: Divulgação/PF

Operação ‘Alquimia’ apura suspeita de uso irregular da substância em bebidas alcoólicas e reúne PF, Receita, ANP e Ministério da Agricultura

Uma operação deflagrada nesta quinta-feira (16) fiscaliza possíveis irregularidades envolvendo o uso de metanol em bebidas alcoólicas. Batizada de Operação Alquimia, a ação ocorre em cinco estados brasileiros e tem Limeira, na Região Metropolitana de Piracicaba, entre as cidades paulistas alvo da força-tarefa.

A operação é conduzida pela Polícia Federal, Receita Federal, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ao todo, são 24 alvos do setor sucroalcooleiro, além de importadores e distribuidores de metanol.

De acordo com a Receita Federal, as fiscalizações buscam rastrear o uso de metanol — substância altamente tóxica — em processos de fabricação de bebidas. O objetivo é coletar e analisar amostras para verificar a regularidade das composições químicas. Os resultados devem subsidiar investigações sobre contaminação e desvio de metanol, detectados desde o início de setembro.

Segundo a Receita, os alvos foram definidos com base no potencial envolvimento na cadeia do metanol, desde a importação até a destinação final. Além de Limeira, a operação ocorre em Araçariguama, Arujá, Avaré, Cerqueira César, Cotia, Guarulhos, Jandira, Laranjal Paulista, Morro Agudo, Palmital, Sumaré e Suzano, no estado de São Paulo.

As ações também acontecem em municípios dos estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Cerca de 80 policiais federais e 70 servidores de outros órgãos participam das fiscalizações.

 

Foto: Divulgação/PF

A Operação Alquimia é um desdobramento das operações Boyle e Carbono Oculto, que investigaram esquemas de adulteração de combustíveis com metanol e o envolvimento de organizações criminosas em repasses da substância a empresas de fachada. Há indícios de que o mesmo metanol adulterado tenha sido usado clandestinamente na produção de bebidas alcoólicas, segundo a Receita Federal.

RISCOS DO METANOL E IMPACTO ECONÔMICO

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em bebidas alcoólicas, o metanol deve estar presente em níveis inferiores a 0,1%. Por ser uma substância altamente tóxica, mesmo o percentual máximo de 0,5% permitido em combustíveis já seria suficiente para causar graves danos à saúde. Por esse motivo, é proibido o uso de combustíveis na fabricação de bebidas alcoólicas.

 

Segundo o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), os prejuízos do setor de bebidas alcoólicas e a sonegação de tributos decorrentes de práticas de adulteração, falsificação, produção e contrabando de bebidas chegam a R$ 85,2 bilhões.

 

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Texto: Adaptado – Agência Brasil

Publicado por: Enzo Oliveira | T¨V Metropolitana

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