Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou a inauguração da primeira fábrica da Great Wall Motors (GWM) nas Américas, localizada em Iracemápolis, interior de São Paulo. Em seu discurso, Lula exaltou a mão de obra local e reforçou que o Brasil é o lugar certo para a montadora chinesa investir.
"Vocês vieram para o país certo, que tem um povo trabalhador, muito trabalhador. É um povo que aprende as coisas com muita facilidade", declarou Lula aos executivos da GWM, destacando que a nova unidade da empresa, que investe R$ 4 bilhões até 2026, é um "motivo de orgulho" por gerar desenvolvimento e mil novos empregos diretos.
O presidente também incentivou a GWM a utilizar a fábrica brasileira como plataforma de exportação para toda a América Latina e garantiu o apoio do Governo Federal para atrair mais investimentos. A GWM Brasil é a primeira empresa habilitada no Programa MOVER, que oferece R$ 19,4 bilhões em créditos tributários para incentivar a inovação e a descarbonização da indústria automotiva.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, reforçou a importância da fábrica para a geração de empregos qualificados, enquanto o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou que a GWM é a "campeã da inovação" e que a Reforma Tributária vai impulsionar a competitividade da indústria nacional. "São R$ 180 bilhões de investimentos que estão sendo realizados no Brasil só na indústria automotiva", afirmou Alckmin.
O presidente da GWM Global, Mu Feng, celebrou a inauguração da fábrica como um marco estratégico para a expansão da empresa, reforçando o compromisso com o Brasil e a América Latina. O embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, ressaltou o fortalecimento da parceria entre os dois países.
A nova unidade de Iracemápolis já produz veículos híbridos e elétricos e tem a meta de alcançar 60% de conteúdo nacional na produção até 2026. A inauguração representa um passo importante para a modernização e descarbonização da indústria brasileira, alinhando-se com as metas da Nova Indústria Brasil (NIB), que prevê um investimento de R$ 300 bilhões para o setor.
Texto: Danilo Telles / Jornalista
Publicado por Enzo Oliveira / Grupo Metropolitana