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O principal suspeito de matar Laise Vieira de Andrade, de 33 anos, em um hotel de Piracicaba em novembro de 2022, será julgado por júri popular nesta quarta-feira. Marcelo Maciel, que na época tinha 42 anos, responde em prisão pelo crime. O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) o denunciou por feminicídio, com agravantes de motivo torpe, emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, além de tortura.
O corpo de Laise foi encontrado no quarto de hotel onde ela estava hospedada com Marcelo. De acordo com a Polícia Civil, o local estava desorganizado e o interfone havia sido adulterado com os fios cortados. A vítima apresentava sinais de asfixia.
Segundo o boletim de ocorrência, o casal estava no hotel desde o dia 17 de outubro e prorrogou a estadia por diversas vezes, alegando que sua residência estava em obras. O crime ocorreu em 29 de novembro. Câmeras de segurança registraram Marcelo deixando o hotel, após informar aos funcionários que Laise estava descansando e não deveria ser incomodada. Em seguida, imagens de outra câmera o mostram correndo em uma rua próxima.
O advogado de Maciel telefonou para a delegada Olívia dos Santos Fonseca, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Piracicaba, para informar que seu cliente havia confessado o crime em seu escritório e depois fugiu. A acusação aponta que o crime foi motivado por ciúmes, já que Marcelo não aceitava que a vítima tivesse contato com outros homens.
O caso revela um histórico de violência doméstica. A Polícia Civil encontrou um boletim de ocorrência por ameaça registrado pela vítima em 2022, quando ela chegou a solicitar medidas protetivas de urgência. No entanto, a proteção foi revogada pela Justiça após informações da Ronda Patrulha Maria da Penha, que reportou que o casal mantinha contato por livre e espontânea vontade.
O júri popular, composto por sete jurados da sociedade, decidirá o futuro de Marcelo Maciel, que responde pelo crime de feminicídio.
Por: Danilo Telles | TV Metropolitana