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O banco Santander está sob investigação da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, após uma denúncia formal que aponta o fechamento em massa de agências e a terceirização irregular de serviços essenciais. A acusação, protocolada pelo Sindicato dos Bancários de Brasília em conjunto com a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) e o deputado distrital Chico Vigilante (PT), alega que essas práticas, implementadas desde 2020, prejudicam principalmente consumidores de baixa renda e com acesso limitado a tecnologias digitais.
Segundo o documento, as reduções de custos por parte do Santander não foram acompanhadas por uma compensação adequada em canais de atendimento equivalentes. A denúncia também destaca que a terceirização sistemática das atividades bancárias, por meio da criação de empresas com CNPJs e classificações de atividades econômicas (CNAE) distintas da bancária, fragiliza as estruturas de atendimento ao consumidor e diminui a supervisão dos canais tradicionais do setor.
Além disso, o texto aponta que as medidas de corte de custos adotadas pelo Santander não resultaram em redução de taxas e cobranças para os clientes.
Procurado para comentar as acusações, o Santander declarou que “atua no estrito exercício regular do seu direito, observando rigorosamente a legislação vigente e a recente e vinculante jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), além de adotar medidas para assegurar o atendimento aos seus clientes”. O banco concluiu a nota ressalvando que “respeita a liberdade de atuação do movimento sindical e possui fóruns adequados para dialogar com os respectivos dirigentes sindicais sobre temas de interesse da categoria profissional”.
Texto: Danilo Telles / Jornalista | Com informações do Metrópoles
Publicado por Enzo Oliveira / TV Metropolitana