Crédito foto: Revista de Sábado/TV TEM
Uma decisão judicial proferida
nesta quinta-feira (8/5) obriga a Prefeitura de Laranjal Paulista a elaborar e
implementar, no prazo de um ano, um projeto abrangente de acessibilidade para
pessoas com deficiência em todos os logradouros públicos do município. A
sentença, resultado de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público de
São Paulo (MPSP), também determina que o Poder Executivo municipal institua uma
política pública voltada à acessibilidade, com previsão em seus planos
orçamentários.
A decisão da juíza Eliane
Cinto estabelece que futuros projetos de obras públicas, inclusive os em
andamento, deverão rigorosamente atender às normas de acessibilidade. O
promotor de Justiça Alisson Maciel, autor da ação, argumentou que a ausência de
políticas públicas efetivas em Laranjal Paulista configura um "estado de
coisas inconstitucional", ferindo a dignidade humana e o direito ao mínimo
existencial das pessoas com deficiência.
Segundo o MPSP, diversas
tentativas de cobrar medidas concretas do município foram infrutíferas ao longo
dos anos. Apesar de pareceres técnicos do próprio Ministério Público, as poucas
reformas realizadas não seguiram os padrões da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT). A ação civil pública demonstrou que os planos plurianuais do
município não contemplavam programas voltados à solução da violação de direitos
enfrentada por essa parcela da população.
A decisão judicial representa um marco na luta pela inclusão em Laranjal Paulista, exigindo do poder público uma postura proativa na garantia dos direitos de acessibilidade, um passo fundamental para promover a igualdade e a plena participação de todos os cidadãos.
Divulgação: Mônica Nicoleti / TV Metropolitana