Foto: Gustavo Moreno/ Metrópoles
O ministro Alexandre de
Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quinta-feira
(24/4,) a prisão imediata do ex-presidente Fernando Collor de Mello. A decisão
foi tomada após o magistrado rejeitar os recursos apresentados pela defesa do
ex-senador contra sua condenação a 8 anos e 10 meses de prisão.
A pena foi imposta em 2023, em decorrência de um processo ligado à Operação
Lava Jato. Collor foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de
dinheiro, relacionados a contratos da BR Distribuidora, subsidiária da
Petrobras.
Com a rejeição dos embargos de declaração — tipo de recurso utilizado para
esclarecer pontos da decisão anterior — Moraes entendeu que não havia mais
pendências jurídicas que impedissem o início do cumprimento da pena. Mesmo sem
uma análise final do plenário do STF, a ordem de prisão já está em vigor.
Na decisão, o ministro determinou que, após o cumprimento do mandado, a Vara de
Execuções Penais do Distrito Federal (VEP/DF) deverá emitir o “atestado de pena
a cumprir”, documento necessário para formalizar a execução da sentença.
Além disso, Moraes solicitou ao presidente do STF a convocação de uma sessão
virtual extraordinária do plenário para referendar a decisão, ainda que isso
não impeça o início imediato da pena. A sessão foi marcada pelo presidente da
Corte, ministro Luís Roberto Barroso, para esta sexta-feira (25/4), com duração
das 11h às 23h59.
Condenação de Collor
De acordo com a condenação na Ação Penal (AP) 1025, Collor recebeu R$ 20
milhões com a ajuda dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo
Bergamaschi de Leoni Ramos. O pagamento visava viabilizar, de forma irregular,
contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases
de combustíveis. Em troca, o ex-senador teria oferecido apoio político para
indicação e manutenção de diretores na estatal.
Publicado por Danilo Telles / TV Metropolitana