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ESPOSA DE JOVEM MORTO PELA PM NO BOA ESPERANÇA CONTA SUA VERSÃO DOS FATOS E PEDE JUSTIÇA

Publicada em: 03/04/2025 14:42 - Piracicaba

Foto: TV Metropolitana

O corpo do jovem Gabriel Junior Oliveira Alves da Silva, de 22 anos, morto durante uma abordagem policial no bairro Boa Esperança na segunda-feira (1º), foi sepultado na manhã desta quinta-feira (3), no Cemitério Municipal Vila Rezende, em Piracicaba (SP).

No local, familiares vestiam camisetas estampadas com fotos do jovem e pediam por justiça. De acordo com a família, ele seria inocente e foi morto com um tiro na cabeça após tentar defender sua esposa grávida em uma abordagem truculenta. Ele deixa dois filhos e demais familiares.

Em entrevista à TV Metropolitana, a esposa de Gabriel deu sua versão dos fatos. (Assista no vídeo abaixo ????)



Segundo a Polícia Militar, na data do ocorrido, as equipes realizavam patrulhamento pelo bairro, onde abordou dois indivíduos. De acordo com a corporação, Gabriel seria um dos suspeitos e resistiu a abordagem, ameaçando os policiais com uma pedra nas mãos. Apesar das ordens para soltá-la, ele pegou outra pedra com um pedaço de ferro preso e, ao arremessá-la, um policial efetuou um disparo, atingindo-o.

“A namorada do suspeito e o outro abordado partiram para cima dos policiais, agredindo-os fisicamente. Um dos agentes foi atingido por uma porção de milho quente e sofreu arranhões no rosto e nos braços. O segundo abordado conseguiu fugir do local sem ser identificado. O indivíduo ferido foi socorrido pelo SAMU ao Hospital Fornecedores de Cana, enquanto a mulher foi detida e encaminhada à delegacia.”, disse a PM, em nota enviada à imprensa.

Familiares contestam a versão da polícia e alegam inocência do jovem. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram uma mulher grávida, sendo supostamente agredida pelos policiais e colocada na viatura.

Gustavo Pires, presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB de Piracicaba, informou que foi contatado por moradores do bairro Jardim Boa Esperança e por colegas advogados sobre a abordagem policial, que ele classificou como violenta contra um casal de jovens. Ele diz que ouviu relatos que a ação se iniciou com agressões por parte de um policial, que segundo Gustavo, há semanas vem adotando condutas truculentas na comunidade.

A versão do presidente, baseada em relatos de moradores que viram toda a ação é de que o jovem Gabriel foi agredido, e sua esposa, ao tentar intervir, tornou-se alvo das agressões. “No momento em que Gabriel tentou se reaproximar, sem portar qualquer arma ou objeto, foi alvejado na cabeça. A violência contra sua esposa, que está grávida, continuou.”

O presidente da comissão também afirma que acompanhou toda a ação posterior, como depoimentos, atendimento médico e também informou que testemunhas que filmaram a ação foram ameaçadas pelos policiais.

Gustavo finalizou dizendo que estão acompanhando o caso para que, constatado o excesso policial, o responsável seja penalizado.

Questionados, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), ainda não comentou o caso, também entramos em contato com a Secretaria de Segurança Pública do estado de SP (SSP), mas ainda não obtivemos retorno.

Por: Da redação

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