Fotos: Reprodução
Na noite desta terça-feira
(1º), um jovem de 22 anos foi baleado e não resistiu ao ferimento e morreu, nas
proximidades do bairro Boa Esperança, em Piracicaba. O caso se tornou um caos
no local, familiares e amigos ficaram revoltados com a situação e muitas
versões estão sendo contadas.
Vídeos que circulam nas redes
sociais mostram o jovem caído no chão, agonizando, outros vídeos mostram uma
mulher grávida, sendo supostamente agredida pelos policiais e colocada na
viatura.
As primeiras informações que
chegam na redação é de que o jovem, por nome Gabriel Junior Oliveira Alves da
Silva, teria arremessado uma pedra contra os policiais militares, após eles
tentarem uma abordagem. Os PMs revidaram com um tiro que acertou a região da
cabeça do jovem, que não resistiu e morreu.
A Polícia Militar se
manifestou e disse que: “Por volta das 19h30, durante patrulhamento na Rua Raul
Ataíde, uma equipe policial abordou dois indivíduos. Um deles resistiu a
abordagem, fugiu e retornou segurando uma pedra, ameaçando os policiais. Apesar
das ordens para soltá-la, ele teria pegado outra pedra com um pedaço de ferro
preso e, ao arremessá-la, um policial efetuou um disparo, o atingindo.” Ainda
segundo a polícia, “a namorada do suspeito e o outro abordado partiram para
cima dos policiais, os agredindo fisicamente. Um dos agentes foi atingido por
uma porção de milho quente e sofreu arranhões no rosto e nos braços. O segundo
abordado conseguiu fugir do local sem ser identificado.”
Informaram também que o
indivíduo ferido foi socorrido pelo SAMU ao Hospital Fornecedores de Cana,
enquanto a mulher foi detida e encaminhada à delegacia.
A família e amigos contestam essa versão e dizem que ele é inocente. (Assista ao vídeo abaixo ????)
De acordo com o boletim de
ocorrência, a princípio, os policiais militares agiram em legítima defesa,
estando dentro da legalidade, mas deixa claro que o caso vai ser apurado
através de inquérito policial.
Gustavo Pires, presidente da
Comissão dos Direitos Humanos da OAB de Piracicaba falou com a nossa equipe e
informou que foi contatado por moradores do bairro Jardim Boa Esperança e por
colegas advogados sobre a abordagem policial, que ele classificou como violenta
contra um casal de jovens. Ele diz que ouviu relatos que a ação se iniciou com
agressões por parte de um policial, que segundo Gustavo, há semanas vem
adotando condutas truculentas na comunidade.
A versão do presidente,
baseada em relatos de moradores que viram toda a ação é de que o jovem Gabriel
foi agredido, e sua esposa, ao tentar intervir, tornou-se alvo das agressões.
“No momento em que Gabriel tentou se reaproximar, sem portar qualquer arma ou
objeto, foi alvejado na cabeça. A violência contra sua esposa, que está
grávida, continuou.”
O presidente da comissão
também afirma que acompanhou toda a ação posterior, como depoimentos,
atendimento médico e também informou que testemunhas que filmaram a ação foram
ameaçadas pelos policiais.
Gustavo finalizou dizendo que
estão acompanhando o caso para que, constatado o excesso policial, o
responsável seja penalizado.
Questionados, o Departamento
Estadual de Investigações Criminais (DEIC), ainda não comentou o caso, também
entramos em contato com a Secretaria de Segurança Pública do estado de SP
(SSP), mas ainda não obtivemos retorno.
Por: Letícia Alves | Jornalista TV Metropolitana